"Ninguém pode servir a dois senhores;
pois odiará um e amará o outro,
ou se dedicará a um e desprezará o outro.
Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.”
(Mateus 6:24)
A palavra de Deus diz que não é possível servirmos a dois senhores ao mesmo tempo, e nos aconselha a fugir da idolatria. Como nova convertida, por algum tempo pensei que idolatrar se resumia a adorar imagens de outros deuses, mas hoje entendo o quanto esse tema é profundo e percebo o quanto somos idólatras de maneira inconsciente.
Como disse, idolatria não é só adorar a um deus que não o Senhor. Ídolo é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nosso coração, podendo ser uma pessoa, um objeto, um sonho, uma situação. Então, por exemplo, se nos doamos diariamente para criar conteúdo sobre um artista do qual somos fãs, nos sacrificamos para conhecê-lo, choramos quando o vemos de perto, mas não nos entregamos na mesma intensidade para Jesus, estamos sendo idólatras. Se estamos em um relacionamento amoroso e nossa alegria e vivacidade está condicionada a essa pessoa, estamos sendo idólatras. Quando compramos um carro ou uma casa e só aí encontramos alívio e segurança, estamos sendo igualmente idólatras. E toda vez que colocamos o sonho do casamento, a aprovação em uma matéria, a vaga naquela empresa, e qualquer outra situação como determinante da nossa completude, caímos também no pecado da idolatria, pois nosso coração está depositando em coisas passageiras a paz em abundância que só encontramos em um só Deus. Por isso é preciso vigiar onde descansamos o nosso coração, pois, como diz em Mateus 6:21 “[...] onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” E nosso coração não pode servir a um salário, a uma faculdade, a um namoro, e crer que são tais coisas que nos tornam seres humanos plenos, seguros, livres e felizes.
Ter sonhos e objetivos a serem alcançados não é errado. Muito pelo contrário! É saudável que tenhamos perspectiva de vida. Mas eles não podem se tornar os senhores da nossa vida, que ditam nosso valor, identidade, a direção que caminhamos e pelo que nos entregamos. A partir do momento que nos transformamos em um altar de adoração a senhores terrenos, expulsamos, automaticamente, o Pai Celestial do trono do nosso coração, quando Ele, e apenas Ele, deveria reinar sobre nossas vidas.
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